segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Exatamente como deveria ser.

Suas peles se tocaram despretensiosamente, mas o suficiente para sentirem seus órgãos latejarem de desejo. Ao constatarem que seria inútil dissimular o que sentiram, olharam-se e se entregaram a um beijo caloroso e despudorado. As mãos dele começaram tocando os carnudos lábios dela, depois, desceu bem devagar pelo pescoço e, finalmente, apalpou-lhe os seios firmes e arredondados. Não suficiente, abocanhou-os com toda a voracidade que o seu apetite exigia, aproximando mais ainda seus corpos quentes e insaciáveis. Ela gemia e, como uma felina no cio, cravou-lhe unhas e dentes. Eles, agora, eram um só. Estavam entrelaçados, misturados, homogêneos. Esfregavam-se, tocavam-se, queriam-se.

Ele foi descendo rapidamente, ansioso, e começou a sugar a seiva daquela mulher. Deliciava-se como se estivesse experimentando o líquido que os deuses tinham preparado especialmente para aquela ocasião, enquanto ela remexia os quadris e emitia sons delicados e sutis. Seus corpos tremiam. Eles eram línguas, salivas, suor, mãos, pele, apertos e arrepios.

Agora era a vez dela desbravar aquele corpo expressivo, forte, robusto. Apertou-lhe com força, provocando-o a sentir o quanto ela estava insana e faminta. Começou a tocá-lo levemente, por entre as coxas, com as pontas das unhas. Foi subindo, massageando-o, até que deparou-se com aquilo que denunciava toda a ânsia daquele homem em possuí-la. Acariciou, sentiu a textura e a temperatura, o que lhe deixou ainda mais umedecida. Mas ainda não era hora, seguiu em frente e continuou passeando e descobrindo infinitas possibilidades de toques, em todos os lugares e de diversas formas.

Todos os sentidos estavam aguçados.  Eles se ouviam, se sentiam, se degustavam, se olhavam, se cheiravam. Ela começou a passar a ponta dos seios sobre a pele dele, deixando-o  louco o suficiente para virar o jogo. Tomou-a pelos braço e penetrou-lhe com muita força. Era isso que ela queria, desde o início. Aquele homem grande e poderoso apossando-se dela. Ela gritava, gemia, uivava. Ele continuava e era consumido por uma excitação cada vez mais intensa. Encorajaram-se a confessar seus desejos mais íntimos, mais pecaminosos. Desfrutaram um do outro, sem a menor hesitação. Eles ardiam. Eram imorais. Eram fogo. Eram erupção.

Explodiram num êxtase profundo. Seus corações palpitaram de prazer. Estavam ofegantes, suados. Olharam-se, sorriram um para o outro. Despediram-se e voltaram às suas vidas, exatamente como deveria ser.