segunda-feira, 13 de junho de 2011

O segredo d'Ella

Depois de se humilhar fortemente e ser rejeitada pelo amado, Ella chegou em casa aos prantos. Ela já tinha se entorpecido o suficiente para não saber discernir entre o certo e o errado e todo um desejo inexplicável e pecaminoso tomou conta do seu corpo ao avistar o sobrinho, um adolescente de 14 anos (sim, a mesma idade com a qual Ella conheceu o coito). Não fosse o transtorno mental desse sobrinho, esse ato teria sido menos nefasto.
Ella tomou o sobrinho para o amor. O jovem não compreendia o que significava aquelas mãos que antes o acariciavam maternalmente, tocando-o de forma diferente, como ele nunca pudera imaginar antes. Aquilo lhe apavorou, mas o prazer sentido ao possuir aquele corpo, mesmo que involuntária e instintivamente, não lhe permitia abster-se daquele ato primitivo, indiscreto e antes ignorado pela sua mente cândida e inofensiva.
Quando Ella caiu em si, já não era mais tempo para voltar atrás. Estava feito. Agora restava-lhe arrastar a culpa por ter transgredido preceitos religiosos que lhe foram ensinados durante toda uma vida. Mas o pecado lhe trouxe um sabor não tão amargo, o prazer notado atentamente no corpo trêmulo daquele rapazote trazia-lhe calafrios imensuráveis. Aquilo era muito prazeroso e ela queria mais, mais e sempre mais. Ela sentia-se segura como nunca,  pois ele estaria sempre ali, nunca a rejeitaria (sua incapacidade mental não permitia isso) . Assim, durante cinco anos, essa foi a rotina d’Ella.

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