domingo, 7 de julho de 2013

Sem título

Lá não é preto, mas é escuro. É apertado. Nada se move. Só se ouve o próprio som dos soluços.  O medo domina e a vida não serve. Amanhã se foi desde ontem. Os lábios se tremem e as mãos se apertam. Os bichos voltam e os fantasmas aparecem. O espaço é menor. A beleza não se vê. O vento não sopra. Os olhos se apertam, os dentes se truncam. Os gritos não saem. A mais fina das dores alfineta. O amor não vem. O amor se foi. 

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