terça-feira, 18 de outubro de 2011

Nostalgia

O texto a seguir eu fiz há bastante tempo para comemorar com os meus colegas e, ao mesmo tempo, homenageá-los quando completamos um ano de formados. Passei o dia pensando naquelas pessoas que conviveram comigo durante os quatro anos, que aturaram minhas mudanças de humor, minhas risadas escandalosas, meu jeito perfeccionista e exigente de ser, entre tantos defeitos e qualidades que foram desnudadas diante dos mais íntimos, principalmente do "sexteto que, entre sorrisos e lágrimas, embelezou a caminhada". Estou pensando neles desde cedo porque sonhei com Franciele. Eu sinto uma falta imensa dela. Como recordar é reviver, eis as mal traçadas linhas:



P.U.B.L.I.C.I.T.Á.R.I.O.S


Vocês já se deram conta de que dia é hoje? Não falo o dia da semana, falo o dia do mês, a data mesmo. Pois é, hoje são 25 de fevereiro. Exatamente um ano atrás, a essas horas, estávamos todos em polvorosa, com borboletas no estômago, esperando a tão sonhada cerimônia de colação de grau.

Ficamos pensando no caminho novo que iríamos trilhar e em como seria dali pra frente. Pensamos também no caminho que tínhamos acabado de passar, nos quatro anos vividos, com muita intensidade para alguns, e com um pouco menos de intensidade para outros.

Possivelmente as lembranças do primeiro dia de aula, quando entramos num universo tão diferente do que vivíamos até então, tomaram conta de nossa mente. As novas amizades que seriam feitas ali, os sonhos que estávamos depositando naquele ambiente acadêmico e a certeza de que sairíamos dali, profissionais que deixariam suas marcas no cenário da comunicação baiana (até nacional para os mais ousados). No final percebemos que só nos era permitido ter acesso ao conhecimento sobre o início do caminho, o fim era uma incógnita.

E as amizades? Juras de amor eterno, de que não haveria separação, de que a faculdade era só um pretexto para conviver com pessoas tão maravilhosas. Éramos tão ingênuos! Confidenciamos muita coisa, choramos, sorrimos. Alguns momentos foram de muita tristeza e, sem essas pessoas, teriam sido mais difíceis passar. Eu, particularmente, tenho imensa gratidão por algumas pessoas (elas sabem quem são) que me deram a mão em momentos cruciais. Mas o tempo foi passando e, se nos telefonávamos todos os dias, essas ligações foram ficando mais espaçadas: uma vez por semana, uma vez por mês, uma vez a cada três meses, uma vez... e nunca mais. Restaram apenas as lembranças, guardadas num cantinho gostoso e aconchegante do coração.

E os sonhos? Como eles estão hoje, um ano depois da concretização de um que abriria espaço para vários outros? Estamos nos permitindo sonhar como há cinco anos, quando acreditávamos com firmeza que eles eram irremediavelmente possíveis? Faço um convite a vocês: vamos parar um pouco para pensar nos nossos sonhos? Vamos parar para acreditar na vida como quando tínhamos 12 anos de idade e achávamos todas as coisas possíveis, como se fôssemos super heróis? Aliás, somos super heróis, sim. Somos super e somos heróis. Entramos na faculdade por isso “queríamos ser heróis diante da sociedade e do espelho”. Estamos nos permitindo ser esse herói?

Não estou querendo afirmar e nem negar nada, apenas convidando-os a pensar um pouco na vida. Às vezes nos endurecemos um pouco, profissionalizamo-nos em alguma coisa e perdemos a essência do herói que vive em cada um de nós. Um herói sorri, chora, namora, liga para os amigos, cuida do cachorro, acampa, toma sol, água de coco, vai ao cinema, dança, canta, enfim... é capaz de uma infinidade de coisas e o melhor de tudo: sempre se permite sonhar e ser feliz.

Com muito carinho,



Kátia (a última bolacha do pacote rs )

4 comentários:

  1. E os sonhos? Como eles estão hoje, dois anos depois da concretização de um que abriria espaço para vários outros?

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  2. Aff até aqui vc não deixa a coitada em paz...! Fernanda vc sabe que pessoas nessa idade não se pode contrariar...!

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