domingo, 23 de janeiro de 2011

O triste Janeiro do meu Rio

O  meu Rio desaguou sem rumo definido. Apenas seguiu, morbidamente, um curso inesperado. Catastroficamente, mais de 800 vidas desceram pelo ralo, carregando consigo muitos sonhos e esperanças que, agora, buscam sentido no próprio “não ser”.

O meu Rio estava cheio de fúria. Descarregou violentamente o medo, a mágoa, o desconsolo, o tormento, o desespero, o sofrimento, a amargura, a melancolia, o temor, a morte... E assim descompassou, com pesar, o ritmo do meu coração.

É! O meu Rio desaguando de lá, e os meus olhos, inundados de dor, desaguando de cá. 

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